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Morre Maradona, um dos maiores ídolos do futebol mundial

A Argentina decretou Luto Oficial em todo o país nesta quarta-feira (25-nov) em decorrência do falecimento de seu maior ídolo do esporte. Diego Armando Maradona, morreu 60 anos em decorrência de uma parada cardiorrespiratória em sua casa na cidade de Tigres, na zona metropolitana de Buenos Aires.

No começo deste mês, o eterno camisa 10 argentino passou por uma cirurgia para retirada de um coagulo no cérebro e ficou internado por dez dias. Durante o período de internação, ele teve crises de abstinência devido ao vício em medicamentos e bebida.

Grande craque do futebol, ficou famoso por sua genialidade dentro de campo e sua personalidade expansiva e controvertida fora dele.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, lembrou que Maradona levou a Argentina “ao topo do mundo” e fez o país “imensamente feliz. “Fostes o maior de todos. Obrigado por ter existido, Diego. Sentiremos sua falta para toda a a vida”, escreveu o presidente.

O momento mais importante da carreira de Maradona se deu em 1986 realizado no México, quando ele foi determinante para a conquista da Copa do Mundo pela Argentina.

Naquele Mundial, Maradona fez cinco gols. Todos diferenciados. Num deles, conhecido como “a mão de Deus”, utilizou a malícia para enganar o árbitro, dando um leve soco na bola ao disputar pelo alto com o goleiro da Inglterra Peter Shilton, nas quartas de final. No outro, foi genial, marcando um gol antológico após driblar seis adversários, entre eles o mesmo Shilton desde antes do meio de campo.

Na final, deu um passe preciso para Burruchaga marcar o gol da vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha. A atuação de Maradona ganhou nota 10 da revista italiana Guerin Sportivo, na única vez que a publicação deu nota máxima a um jogador.

Início da carreira
Nascido em Lanús, em 30 de outubro de 1960, Maradona, desde os nove anos se destacava nos jogos de rua na periferia de Buenos Aires. O jogador foi apresentado ao treinador, Francis Cornejo, das categorias de base do Argentinos Juniors e encantou pelo repertório de seu futebol, com uma canhota habilidosa, controle de bola e chutes precisos, acima da média para a sua idade.

Depois que Maradona começou a jogar, sua carreira deslanchou de forma muito rápida, com multidões se acumulando no pequeno estádio (hoje chamado Diego Armando Maradona) para ver a revelação jogar.

No time de coração
Maradona atuou entre 1976 e 1981 no Argentinos, tendo marcado 149 gols em 166 jogos. Em 1981 foi emprestado ao Boca, que sempre foi seu clube de coração. Naquele ano ganhou seu único título pelo clube, o do Campeonato Metropolitano, terminando como destaque e artilheiro, com 17 gols.

Aos 17 anos Dom Diego já havia sido convocado para a seleção argentina. Em 1979 com 19, o jogador foi convocado para a seleção sub-20 e levou o time ao título mundial da categoria, na Rússia. Uma grande frustração foi não ter sido convocado pelo técnico Cesar Menotti para a Copa do Mundo de 1978.

Barcelona e Napoli
Maradona foi transferido em 1982 para o Barcelona, onde teve grandes atuações. Mas, por sua personalidade irreverente, permaneceu por menos de dois anos, mesmo tendo conquistado o Espanhol e a Copa do Rei em 1983, além da Supercopa da Espanha em 1984.

Como se fosse algo predestinado, se transferiu para o Napoli, um clube que nunca havia conquistado títulos nacionais, e fez a equipe se tornar a maior da Itália naquele período. Graças às suas atuações, o Napoli ganhou seu primeiro Campeonato Italiano em 1987, repetindo a dose em 1990. Pelo Napoli, Maradona ainda foi campeão da Copa da Itália, em 1987; da Copa da Uefa, em 1989 e da Supercopa da Itália, em 1990.

Maradona treinador
Já como ex-jogador, Maradona, foi se aventurar na carreira de treinador. Fez um bom trabalho comandando a seleção argentina entre 2008 e 2010, tendo dado apoio nos primeiros anos de Messi, considerado seu sucessor, na seleção.

Mas deixou o cargo contrariado, após a eliminação na Copa do Mundo de 2010, nas quartas de final, reclamando do tratamento recebido de dirigentes. Trabalhou ainda como técnico do Textil Mandiyú (1994); Racing (1995); Al Wasl (Emirados Árabes, 2011 e 2012);

Al-Fujairah (Emirados Árabes, 2017 e 2018) e Dorados de Sinaloa, México, em 2018. Atualmente era o treinador do Gimnasia e Esgrima, na Argentina.