Home Saúde e Bem-Estar Entenda o que realmente funciona contra a cólica menstrual

Entenda o que realmente funciona contra a cólica menstrual

Também chamada de dismenorreia, a cólica menstrual é reflexo das contrações que eliminam a camada interna do útero, já que ele não está alojando um bebê. O hormônio feminino estrógeno aumenta durante o ciclo menstrual e eleva também a produção de prostaglandinas, que são ácidos graxos responsáveis pelas contrações.

Há métodos muito eficazes para acabar com a indesejável dor, mas algumas técnicas caseiras bem conhecidas não passam de mitos.

Atividade física pode ajudar a diminuir as cólicas? Atividades físicas podem ser efetivas contra cólicas menstruais. A prática de exercícios não só estimula um melhor fluxo sanguíneo como ainda diminui a sensibilidade à dor do praticante. Mas não adianta esperar a dor aparecer para subir na bicicleta ou sair caminhando: esses benefícios só surgem após certo tempo de treino.

Uma dieta rica em gordura pode piorar as cólicas? Ainda não há estudos que comprovem a ação de determinados alimentos ou nutrientes sobre as cólicas menstruais. Entretanto, algumas pesquisas sugerem que uma dieta rica em vitamina D, encontrada em alguns peixes, no leite e em ovos, assim como vitamina E, presente em óleos vegetais, nozes e grãos, podem ajudar a combater cólicas. Por isso, vale a recomendação de investir em um prato colorido sempre com frutas, legumes e verduras.

Por que compressas de água quente melhoram a cólica menstrual? O calor da compressa quente faz os vasos sanguíneos dilatarem, aumentando o fluxo de sangue na região. Isso leva embora de forma mais rápida as substâncias que causam contrações e que ficam concentradas no local da dor. Além disso, o calor da compressa também desvia a atenção do nosso corpo para outro estímulo, o que reduz a sensibilidade à dor.

Há algum perigo em usar analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar as cólicas sem consultar um médico? Há dois tipos de cólica: primária e secundária. A primária geralmente é resolvida com medicamentos ou uso de anticoncepcionais e não tem uma causa conhecida que possa ser combatida. Já a secundária, menos comum, está sempre associada à outra patologia, como endometriose, miomas, varizes pélvicas, entre outros problemas. Tomar um medicamento contra cólica sem consultar um médico antes pode mascarar o verdadeiro problema. Por isso, procure um profissional se quiser dar fim a esse desconforto.

O uso de anticoncepcionais também pode ajudar a diminuir as cólicas? O anticoncepcional à base de hormônios diminui o endométrio, que é a camada interna do útero. Isso reduz a produção de prostaglandinas, que fazem o útero contrair e provocar cólicas. Além disso, a diminuição do fluxo da menstruação também faz com que a contração do útero seja menor.

Qual é a melhor posição para quem está sentindo cólica? A posição que mais proporciona alívio às mulheres com cólica costuma ser deitada com as costas no chão, abraçando os joelhos dobrados sobre a barriga. Mas, não há regra. Algumas mulheres sentem menor desconforto se estiverem sentadas. Outras, deitadas de lado. Só não faz sentido forçar uma determinada posição que cause desconforto.

Massagens e técnicas de acupuntura são eficazes contra cólicas menstruais? A acupuntura e algumas massagens combatem não só cólicas menstruais, mas até os sintomas da TPM. A pressão exercida com os dedos ou as agulhas relaxa e estimula a circulação sanguínea. Antes de sair apertando aqui e ali, porém, recomenda-se consultar um especialista que possa ensinar técnicas para que a pressão não acabe piorando as dores.

Chás são eficazes no combate à cólica menstrual? Não há comprovação de que alguma erva melhore os sintomas da cólica menstrual. O alívio que muitas pessoas sentem se dá pela temperatura da bebida, que promove a sensação de bem-estar. Assim, vale apostar no método, independente do sabor.

Importante: O mais indicado em caso de cólicas frequentes é procurar um médico especialista (ginecologista) para fazer exames e verificar se há alguma alteração. A consulta deve ser realizada no mínimo de 6 em 6 meses ou sempre que algum sintoma diferente aparecer.