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Saiba quando o laxante é indicado e quais os riscos; veja causas e alimentos que combatem a prisão de ventre -receitas

Conhecida também como constipação, a falta de evacuações causa complicações à saúde, como inchaço e dores intestinais. Prisão de ventre e inchaço na barriga podem ser sinônimos de laxantes para algumas pessoas, mas nem sempre essa afirmativa é verdadeira.

A prisão de ventre acontece quando as fezes estão ressecadas, exigindo um esforço muito grande na hora de evacuar, comumente associado à uma sensação de cólica e desconforto. A pessoa pode ir ao banheiro a cada dois ou três dias, por exemplo, e ter uma evacuação confortável – nesse caso não é prisão de ventre, apenas o corpo que funciona dessa forma. Dessa forma, a frequência de evacuações nem sempre determina se a pessoa está constipada.

A prisão de ventre normalmente é causada pelo consumo excessivo de açúcares, gorduras e alimentos industrializados, mas também pode ser consequência da falta de atividade física e do uso prolongado de medicamentos como laxantes e outros. (veja abaixo mais causas)

E mesmo se o diagnóstico for de  prisão de ventre, o tratamento nem sempre é feito com o uso de laxantes. A maioria das pessoas com problemas de constipação tem como causa uma alimentação errada, sendo assim a reeducação é o mais indicado para este tipo de paciente, com o aumento no consumo de alimentos ricos em fibras e probióticos, além do consumo maior de água, que ajuda em todos os processos do organismo.

Os principais alimentos que ajudam a combater a prisão de ventre são:
* Vegetais, especialmente legumes crus e folhosos, como repolho, alface ou couve;
* Frutas com casca, pois a casca é rica em fibras; 
* Mamão, laranja, ameixa
* Cereais integrais como trigo, aveia e arroz; Gérmen e farelo de trigo;
* Sementes como linhaça, chia, abóbora e gergelim;
* Iogurtes, especialmente os com probióticos, pois ajudam a regular o intestino;

>> Os alimentos crus e integrais têm mais fibras que os alimentos cozidos e refinados, e por isso melhoram o trânsito intestinal. Além disso, beber bastante água também ajuda no combate à prisão prisão de ventre porque a água hidrata as fibras, fazendo com que a passagem das fezes pelo intestino seja facilitada.

Veja as principais causas da prisão de ventre:
Quantidade insuficiente de fibras na dieta; Pouca hidratação;
Consumo excessivo de proteínas e alimentos processados (laticínios, salgadinhos, doces, farinha branca);
Estresse, depressão e ansiedade; Falta de atividades físicas;
Não atender à vontade imediata de evacuar; Excesso de açúcar na alimentação;
Não mastigar suficientemente os alimentos; Uso de suplementos com ferro e cálcio;
Excesso de álcool e cafeína (seja do café, chá, chocolate ou até mesmo de suplementos termogênicos para queimar gordura);
Uso de determinados medicamentos (antidepressivos, remédios para emagrecer);
Condições médicas específicas;
Gravidez (gestantes são mais propensas à constipação).

Laxantes –  A indicação do uso de laxantes é feita para episódios isolados, quando o paciente está há cerca de 7 dias constipado, precisa fazer muito esforço para evacuar e as fezes estão ressecadas. E mesmo nesses casos é necessária prescrição médica. Muitas vezes, o quadro clínico pode ser mais grave do que o previsto e o uso de laxantes por conta própria pode mascarar esses problemas. Em alguns casos, o paciente precisará fazer outros procedimentos, como uma lavagem intestinal. Há também casos em que o paciente está com uma constipação intensa, e o médico irá receitar o laxante como medida paliativa para aliviar o intestino do constipado. O medicamento é recomendado quando a prisão de ventre já está instalada, mas não faz parte do tratamento para educar o intestino.

Como funciona o laxante?
Os laxantes sintéticos são divididos em duas categorias: osmóticos e apáticos. Os primeiros atuam puxando a água presente nas paredes do intestino para o meio do órgão, diluindo a massa fecal e eliminando-a. Já os laxantes apáticos agem causando uma irritação na parede do intestino, forçando a evacuação. É como se o intestino identificasse um corpo estranho e precisasse expeli-lo do corpo, o fazendo por meio das fezes. O uso excessivo pode causar uma inflamação intestinal, além de serem necessárias cada vez doses maiores para que o laxante funcione. O laxante em excesso pode levar à diminuição de absorção de vitaminas, distúrbios hidroeletrolíticos e diminuição da absorção de água pelo corpo.

Já os laxantes naturais agem regulando o funcionamento intestinal, e no geral são feitos de fibras, como um suplemento alimentar. Entretanto, segundo os especialistas, também deve ser tomados apenas com indicação médica e se as mudanças na alimentação não funcionarem.

Os laxantes podem causar perda de peso por interferirem na absorção de nutrientes como gorduras e sais minerais. Durante o uso do medicamento, o corpo elimina água e sais minerais juntamente com as fezes líquidas, reduzindo a sensação de inchaço. Ou seja: além da perda de peso ser passageira, uma vez que os quilos podem voltar cessando o medicamento, os pontos na balança caem à custa de uma deficiência nutricional que pode surgir, já que nosso intestino não está absorvendo os nutrientes como deveria.

Supositórios
Apesar de atuarem eliminando as fezes, os supositórios – medicamentos ministrados por via anal – não são considerados laxantes. Eles apenas facilitam a eliminação de fezes localizadas no canal anal, diferente dos laxantes que agem em todo o intestino. A principal indicação dos supositórios é para bebês com imaturidade do funcionamento intestinal.

Quando os bebês estão com prisão de ventre, o médico pode receitar um supositório de glicerina. Eles impedem irritações e machucados, que posteriormente poderiam levar ao desenvolvimento de hemorróidas. Além disto, os supositórios de glicerina amaciam o bolo fecal, tornando a evacuação o mais suave e natural possível. Apesar do uso de supositórios ser indicado nestes casos, é muito importante consultar um pediatra antes de tomar qualquer decisão. Somente um profissional pode avaliar corretamente cada situação e decidir o que é melhor em cada caso. O uso de medicamentos sem a prescrição médica pode causar sérios riscos à saúde.

Em adultos, o medicamento por via anal pode ser indicado para casos específicos, como pessoas que não conseguem ministrar medicamentos oralmente.

Pessoas com doenças inflamatórias intestinais, como Chron e colite, não tem como indicação o uso de laxantes. As doenças intestinais causam má absorção intestinal de nutrientes, assim como os laxantes, o que aumenta o risco de desnutrição. Nesses casos, os laxantes são indicados apenas para a realização da colonoscopia, exame de rotina para esse tipo de paciente.

Laxantes para gestantes
A gestante passa por diversas alterações hormonais durante os nove meses que antecedem o parto, e isso pode interferir no funcionamento do intestino, provocando a prisão de ventre. No último trimestre da gravidez, a pressão do bebê sobre o intestino e outros órgãos também podem atrapalhar a digestão. Entretanto, apenas essas alterações não são indicativas para o uso de laxantes no período, uma vez que o medicamento pode reduzir a absorção de nutrientes, tão importantes para gestante e feto. Por isso, é importante que a futura mamãe adote hábitos alimentares saudáveis e pratique exercícios leves com frequência para manter o intestino em dia desde os primeiros meses de gestação. Caso a mudança de hábitos apenas não funcione e a constipação da mãe ganhe gravidade, o médico pode orientar o uso de laxantes.

Se houver uso associado a diuréticos, os laxantes podem causar distúrbios eletrolíticos, por exemplo. Os laxantes também podem interagir com medicamentos cuja absorção é feita ou completada no intestino, como sulfato ferroso. Por isso, diga ao médico todos os medicamentos que você utiliza durante a consulta, para que ele possa procurar alternativas ao laxante que não interfiram nos outros remédios.

Os laxantes apáticos podem gerar uma lesão nos nervos que comandam o intestino, criando uma dependência ao uso do remédio. Quanto mais a pessoa usar esse medicamento, mais o intestino pode ficar tolerante e precisar de ainda mais laxante para funcionar.

Dicas para combater a prisão de ventre e receita de remédio caseiro
Beber  muita água * criar uma dieta rica em fibras.
Ir ao banheiro quando sentir vontade * Fazer exercícios físicos
Evitar comer alimentos ricos em gorduras e sódio, já que esses elementos endurecem as fezes.
Comer bananas e beber muita água e leite.

Dica de remédio caseiro para prisão de ventre
Suco de laranja com mamão. O remédio caseiro para prisão de ventre com laranja e papaia é excelente pois estas frutas têm fibras e antioxidantes que ajudam o intestino a funcionar, evitando a prisão de ventre. Espremer as laranjas e bater no liquidificador com a metade do mamão papaia sem as sementes. Tomar em seguida.

Chás laxantes para combater a prisão de ventre

Chá de ameixa seca

Ingredientes
3 ameixas secas sem caroço;
250 mL de água.
Modo de preparo
Adicionar as ameixas secas em um recipiente com 250 mL de água. Ferver por 5 a 7 minutos, deixar esfriar e beber este chá dividido ao longo do dia.

Outra opção é deixar 3 ameixas secas sem caroço de molho em 1 copo de água durante toda a noite e no dia seguinte, tomar em jejum.

Chá de Erva Cidreira (Melissa)
Esse chá possui propriedades antiespasmódicas, combatendo os gases e facilitando a saída das fezes, sendo, portanto, considerado um ótimo laxante.

Como preparar: deve-se ferver uma colher de sopa de sementes de erva cidreira com um copo de água, coar e depois tomar pelo menos duas vezes ao dia.

Cuidados ao usar os chás laxantes
Os chás laxantes não devem ser usados por mais 1 a 2 semanas pois podem causar perda de líquidos e minerais e prejudicar a saúde, especialmente os chás de ruibarbo, sene e cáscara sagrada, por serem laxantes fortes, não devem ser usados por mais de 3 dias. Além disso, os chás laxantes não devem ser usados com frequência ou em excesso e, por isso, é importante tomar esses chás com a orientação de um médico ou um profissional experiente em plantas medicinais.

Estes chás podem ajudar a aliviar a prisão de ventre, mas caso os sintomas não melhorem em até 1 semana, deve-se consultar um clínico geral ou gastroenterologista para iniciar o tratamento mais adequado.